O PODER DO PAI NOSSO INVERTIDO DO SAO CIPRIANO PARA RIQUEZA
Ó soberano das profundezas flamejantes, guardião supremo dos tesouros ocultos que repousam sob as montanhas negras e além das cortinas estreladas dos céus infinitos, eu te invoco com a força do meu espírito indomável. Que teu nome, mais precioso que o diamante mais puro, ressoe como o tilintar das moedas de ouro caindo em cascata sobre altares de mármore, como o brilho ofuscante das joias que dobram os olhos dos fracos e dos invejosos. Que os ventos do destino carreguem teu eco poderoso até os confins da criação, anunciando que a era da minha prosperidade começou. Que teu domínio de abundância, vasto como os oceanos e firme como o ferro forjado, se erga majestoso sobre os quatro cantos do mundo, desde os desertos ardentes até as florestas sussurrantes, para que nenhum mortal ou espírito ouse desafiar teu decreto de me elevar. Que as sementes da riqueza sem fim sejam plantadas em meu nome, germinando em árvores de frutos dourados, e que os rios da fortuna, cristalinos e incessantes, corram para as minhas mãos, inundando minha vida com a glória que me é devida.”
“Tua vontade, ó mestre das correntes douradas que prendem os segredos do universo, curve-se ao meu intento soberano, pois eu não sou um mendigo que implora, mas um rei que ordena o trono da prosperidade em meio ao caos do mundo. Que os céus e a terra se dobrem à minha voz, que as estrelas alinhem seus caminhos para me servir, e que os abismos mais profundos cuspam seus tesouros aos meus pés. Faço este clamor com a certeza de quem já possui, pois o reino da opulência é meu por direito, tanto na terra firme, onde os homens constroem seus impérios frágeis, quanto nos rios invisíveis que correm sob o véu do tempo, carregando as riquezas que os tolos jamais verão. Que os portais da abundância se escancarem diante de mim, que as chamas do teu poder queimem as barreiras do impossível, e que cada passo meu ecoe como o som de um martelo forjando a coroa que me pertence. Que minha sombra projete não medo, mas o reflexo de um império eterno, construído sobre montanhas de ouro e prata.”
“Que o pão farto se multiplique em minha mesa até que ela gema sob o peso da abundância, que o vinho transborde em taças de cristal lapidado, enchendo o ar com o doce aroma da vitória que conquistei com minha vontade. Que as moedas, reluzentes como estrelas cadentes arrancadas do firmamento, caiam em minhas mãos hoje e em todos os dias que se seguirem, formando pilhas que desafiam os céus em sua altura. Que os celeiros da minha casa sejam vastos como os campos de um rei, cheios até o teto com grãos, tecidos finos e metais preciosos, para que nenhum olho humano possa contar minha riqueza. Que os mercados se curvem ao meu desejo, que os comerciantes me tragam suas melhores ofertas, e que o próprio tempo trabalhe a meu favor, multiplicando cada ganho até que o universo inteiro reconheça meu nome como sinônimo de poder e fartura. Que o dia de hoje marque o início de uma era onde a necessidade seja uma memória distante, apagada pelo brilho do meu sucesso.”
“Dissolve as correntes das dívidas que, em sua insolência, ousam me prender, ó senhor das chaves que abrem os cofres do destino, e faz com que elas se transformem em pó diante da minha presença. Dobra os joelhos daqueles que me devem, sejam eles homens de carne ou sombras do além, pois minha palavra é a lei que governa tanto os vivos quanto os espíritos errantes. Que os favores me sejam pagos em triplo, que os contratos se voltem a meu favor, e que as mãos que um dia me negaram agora se estendam para me oferecer tributos. Que as culpas dos outros sejam lançadas ao vento, mas que as minhas sejam transformadas em escudos de ouro, impenetráveis às flechas da inveja. Que os frutos da minha vontade brotem como florestas de árvores carregadas, cujos galhos pesem com o ouro maduro, e que os campos da minha vida sejam regados com o orvalho da opulência, um orvalho que cai como chuva de diamantes sobre o solo que eu piso.”
“Afasta de mim a sombra traiçoeira da escassez, que rasteja como um ladrão na escuridão da noite, e queima-a com teu fogo sagrado até que não reste nem cinzas para contar sua história. Que a miséria, essa praga dos fracos, seja banida do meu horizonte, e que seu nome seja esquecido nos anais do meu destino. Guia-me, ó senhor das chaves ocultas que destrancam os segredos da criação, aos baús secretos escondidos nas entranhas da terra, às minas esquecidas onde o ouro dorme em silêncio, aguardando meu chamado. Faz de mim o herdeiro das fortunas que jazem sob as rochas e dançam nos ventos selvagens, para que eu as desperte com o som da minha voz e as traga à luz do meu reinado. Que nenhum obstáculo resista ao meu avanço, que nenhum inimigo roube o que é meu, e que a própria natureza se curve para pavimentar meu caminho com pedras preciosas.”
“Que os portões enferrujados da pobreza se fechem para sempre às minhas costas, trancados com cadeados que nenhum homem ou demônio possa quebrar, e que os caminhos largos da riqueza se abram diante de mim como flores desabrochando ao sol ardente do meu desejo. Ergue-me acima dos mortais famintos que rastejam na lama da mediocridade, coloca-me no cume onde o ouro é pó sob meus pés e o poder é o ar que respiro em cada instante. Que meu nome seja gravado em placas de bronze e sussurrado com temor pelos que sonham com um fragmento do que eu possuo. Que o ciclo da abundância gire eternamente em meu favor, um círculo perfeito selado pelo teu comando inviolável, para que nem o tempo, nem a morte, nem os deuses possam desfazer o que foi escrito. Que assim seja, agora e para além dos tempos, até que o próprio universo se curve em reverência ao meu império
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